quinta-feira, 17 de março de 2011

O INVESTIMENTO

Portugal necessita de ver aumentado o investimento nacional e estrangeiro no país, nos mais variados sectores. A industria portuguesa está a fechar portas sem que haja uma renovação ao nível do que é produzido e das industrias. O comércio em Portugal não se mostra atractivo graças à diminuição do poder de compra. Há falta de incentivos para a industria do turismo, que atravessa uma crise ao nível mundial. A agricultura está votada ao abandono ou não se mostra rentável. A pesca não dispõe de embarcações que tornem viáveis a sua ida para o mar durante o ano inteiro.

Com a aplicação da proposta apresentada no capítulo do emprego, o investimento em Portugal teria tendência para aumentar. O aumento do poder de compra no geral possibilitaria um maior escoamento de produtos, um mais amplo acesso aos serviços e uma rentabilidade do investimento. No entanto, isso só não chega. São necessários mais apoios para o investimento, para bem do país no seu todo.

Ao nível dos incentivos ao investimento, é ao Estado e ao Governo quem compete criar formas de atrair os investidores. Os países do Leste Europeu apresentam um conjunto de incentivos ao investimento, como os baixos salários e uma mão-de-obra especializada. Portugal não pode competir com eles nos mesmos moldes, pois tal seria insuportável para a população, pelo que terão que ser analisadas outras opções.

Uma forma que o Estado tem para atrair investimento é através de regalias fiscais. No entanto, essas regalias não devem ser dadas apenas ao investimento estrangeiro, mas também ao investimento nacional. A isenção do pagamento de alguns impostos nos dois primeiros anos de actividade poderia ser uma forma de incentivar o investimento em Portugal. Os dois primeiros anos de actividade são os mais difíceis para qualquer empresa. É a altura em que se gasta mais dinheiro com publicidade, decoração ou conquista de mercado, enquanto os rendimentos são mais baixos por ser difícil a sua integração no mercado. Uma ajuda indirecta do Estado nesta fase inicial e difícil para os investidores, poderia proporcionar um maior investimento por parte das empresas e a consolidação da sua situação financeira. Deste modo, nos anos seguintes, a empresa ajudada estaria em condições de cumprir as suas obrigações fiscais e, consolidada financeiramente, teria mais rendimentos, aumentando assim as receitas fiscais.

No futuro, todo o país beneficiaria com essa medida, tendo empresas financeiramente mais saudáveis, que poderiam pagar melhores salários ou aumentar a sua área de actividade, contribuindo para o fortalecimento da economia nacional, para a criação e manutenção de postos de trabalho e, em alguns casos, para o aumento das exportações nacionais.

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