quinta-feira, 17 de março de 2011

AS PESCAS

O mar é uma constante na cultura e na história de Portugal. As pescas, intimamente ligadas ao mar, estão presentes nesses valores.

Nos últimos tempos são inúmeros os problemas que se têm verificado entre os pescadores portugueses e os espanhóis, por invasão das nossas águas territoriais por parte das frotas de pesca da Espanha. A agravar esse conflito, está a decisão de Bruxelas de abrir, pelo menos parcialmente, as nossas águas territoriais aos espanhóis. Portugal tem a Zona Económica Exclusiva da Europa, sendo essa a sua maior riqueza em termos económicos no futuro, se as suas expectativas não forem goradas pelas decisões de além fronteiras.

De que forma poderá Portugal explorar essa sua riqueza desconhecida, antes que os Espanhóis a destruam? A resposta, mais uma vez, está num maior investimento no sector das pescas. A construção ou aquisição de barcos melhor equipados e que possibilitem um aumento do pescado, de forma a tornar a actividade rentável e competitiva em termos económicos, deverá ser uma prioridade para o sector. A solução das pescas, também passa por uma associação entre pescadores, no sentido de formarem cooperativas que possam adquirir barcos mais dispendiosos, mas que possibilitem um maior lucros aos pescadores e suas famílias.

No entanto, essa forma de pesca deverá ser implementada no alto mar, guardando-se a costa portuguesa para a pesca mais tradicional e familiar. Com esta medida, aqueles que fazem da pesca a sua forma de vida, poderão continuar a trabalhar nas suas embarcações, ao mesmo tempo que se têm as embarcações da sua cooperativa a pescar no alto mar. Esta é uma forma de garantir sustento aos pescadores e às suas famílias ao longo de todo o ano.

Outro investimento que poderá ser feito em Portugal é da criação de viveiros pisciculas. Portugal tem uma linha de costa relativamente grande para o seu tamanho e rios com um estuário razoável, que permitem a criação de viveiros com custos mais reduzidos e os mesmos resultados.

As salinas, intimamente ligadas ao mar, também deverão ser reabilitadas. Ainda que haja quem defenda que não é viável a produção de sal, pelo seu baixo preço no mercado, é sempre preferível manter a sua produção nacional, ainda que com algum tipo de incentivos por parte do Estado, do que terminar a sua produção e passar a importar o produto, que se tornará mais caro para todos os consumidores.

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